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Mística Exploradores

 

  • os elementos da Expedição são os Exploradores;
  • os Exploradores estão divididos em pequenos grupos de 4 a 8 elementos, as  Patrulhas ;
  • cada  Expedição tem  entre 2 a 5 Patrulhas;
  • cada Patrulha tem o nome de um animal, o Totem;
  • cada Explorador usa na camisa um distintivo com o Totem da sua Patrulha (o desenho e as cores associadas ao animal que escolheram);
  • cada Patrulha tem uma bandeirola da Patrulha com o seu Totem e as suas cores;
  • o patrono dos Exploradores é São Tiago;
  • a cor do lenço dos Exploradores é o Verde (debruado a branco), cor da esperança e da natureza; 

O Explorador é um homem bom que aprendeu enquanto jovem a conhecer e a amar a natureza, a ser auto-disciplinado e auto-suficiente, a adaptar-se ao meio ambiente em que vive, e a respeitar e a viver com as outras pessoas. É assim que nos é apresentado por BP, para demonstrar que os nossos exploradores não são adultos em miniatura, mas sim seres em construção, e que a adolescência é um momento importante na formação da personalidade do futuro Homem.

Tal como o antigo explorador, os exploradores aprendem, num mundo fortemente marcado por desigualdades de toda a ordem (sociais, económicas, religiosas, raciais, políticas, etc…), a viver com os outros, a respeitar, a amar e a proteger a natureza, e a ver nela a obra do Criador.

O exemplo deste personagem, portador de valores profundamente actuais tais como a solidariedade, a criatividade e o respeito pela natureza, permite-nos promover uma educação orientada por valores universais, concretizados num modelo que se adapte às necessidades dos dias de hoje e que permita projectar, no futuro, a imagem do Homem.

É em ambiente de Aventura que os exploradores são colocados perante desafios que, graças a um esforço pessoal e comunitário, vão superando, adquirindo cada vez mais novas competências e novas experiências.

É com base neste imaginário de aventura e sentido de cooperação, que se vai desenvolver toda a actividade dos exploradores e moços, proporcionando novas vivências e novas acções, a descoberta de novos mundos e o desenvolvimento de capacidades para a auto-suficiência.


A par dos exploradores, os Heróis do Povo de Deus inspiram a acção… sendo modelos de valores universais como:

  •  A vivência em comunidade;
  •  A comunhão de bens;
  •  A unidade;
  •  A espiritualidade;
  •  O serviço;
  •  A humildade;
  •  A fraternidade;
  •  O desprendimento/a disponibilidade.

Um explorador deve seguir boas pistas… e bons modelos são bons exemplos de escolhas, de caminhos, de formas de viver.


De entre muitos exploradores e Heróis do Povo de Deus, escolhemos as figuras de Baden-Powell e dos primeiros cristãos, para ilustrar a ideia, não porque sejam as únicas, mas talvez por serem personagens que nos tocam profundamente.

BP é um explorador por excelência e a sua destreza, bem materializada nas suas acções, na escola, na caça ao javali, na Índia ou ainda na sua fuga aos Matabeles na África do Sul, o seu conhecimento de Deus, da Bíblia, da natureza e dos Homens e a sua personalidade, é um precioso modelo.

Quando lemos “Os Actos dos Apóstolos”, designadamente no trecho sobre a comunhão dos bens, nota-se, com evidência, que o desapego de todos os bens não é visto pelos primeiros cristãos em função da pobreza, mas em função da partilha que é causa e consequência da unidade dos cristãos, isto é, para que não existisse nenhum necessitado e os bens fossem distribuídos por todos, segundo as suas necessidades. Uma outra observação que podemos fazer, é que a comunhão dos bens era feita de modo organizado. De facto, o produto era dado aos Apóstolos e, em seguida, era distribuído a cada um proporcionalmente às necessidades sentidas. A comunhão dos bens, para os primeiros cristãos, procurava e levava à igualdade e demonstrava que somos todos irmãos, sublinhando o que está escrito no Evangelho: “Quanto a vós, não vos deixeis tratar por Rabi, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos”.

Nas primeiras comunidades cristãs, a caridade, que se estendia indistintamente a todos, era chamada “filadelfia”, isto é: amor fraterno. A palavra “filadelfia” testemunha que esta realidade era sentida profundamente pelos primeiros cristãos.

Este amor recíproco, apresentado por Jesus Cristo no “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” – o mandamento novo do Novo Testamento – , tem também todas as características humanas do amor fraterno, por exemplo, a força e o afecto. É necessário ter presente, a vida dos primeiros cristãos, como “Os Actos dos Apóstolos” apresentam: “A multidão dos que haviam abraçado a Fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum”. Era uma vida e um sentir comuns.


Simbologia da II Secção

Aquele que parte à descoberta do desconhecido, necessita de várias coisas para o ajudar na sua busca…

Flor-de-lis

Nas suas três folhas reconhecemos os três princípios escutistas  (o escuta orgulha-se da sua fé e por ela orienta toda a sua vida; o escuta é filho de Portugal e bom cidadão; o dever do escuta começa em casa), e os três compromissos assumidos na fórmula da promessa escutista (prometo pela minha honra e pela graça de Deus fazer todos os possíveis por: cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria; Auxiliar o meu semelhante em todas as circunstâncias; Obedecer à Lei do escuta). É também símbolo de rumo, indicando o norte nas cartas topográficas e de marear. É portanto um auxiliar básico de alguém que pretende descobrir o mundo.

Vara

Tem um conjunto alargado de utilidades, de onde se destaca o auxílio, à caminhada, à progressão da marcha, na navegação, no ultrapassar de obstáculos, em relação aos perigos e ás adversidades. Simboliza assim a solidariedade e o progresso.

Chapéu

É símbolo da protecção. Protecção do sol, em primeira análise, mas também do frio, da chuva, etc. É ainda associado à imagem que temos do próprio B.P. que se preocupou em arranjar um para os escuteiros antes de mais nada. Também São Tiago é reconhecido por este símbolo que caracteriza o traje do peregrino, especialmente no contexto dos caminhos de Santiago de Compostela.

Cantil

É símbolo da responsabilidade – andar sem água não é inteligente – na sua vertente de depósito, mas também símbolo de coerência, de estar preparado, como pedia B.P. Está associado também á sede de conhecimento, à sede de descoberta e de acção, característica do explorador. A cabaça, associada à imagem de São Tiago é também, ou acima de tudo, um cantil.

Estrela

Símbolo da orientação. A estrela Polar e o Cruzeiro do Sul são referências se orientação, especialmente de noite, quando é mais difícil seguir um rumo. Todos os grandes exploradores recorreram a elas para concretizar os seus sonhos. São pilares na imensidão do Céu, sinal da grandeza de Deus, que nos transmitem a segurança da fé, e a certeza do sucesso.